sexta-feira, 20 de agosto de 2010
A SOCIEDADE HUMANA SEMPRE FOI PATRIARCAL??
Historiadores, antropólogos e sociólogos são unânimes em afirmar que a resposta é não.
No inicio da humanidade, mas especificamente durante todo paleolítico e metade no neolítico, a humanidade não sabia sobre a participação masculina na concepção. Esse fator fez com que a mulher fosse adorada por sua capacidade mágica de gerar a vida. Era adorada, temida e invejada pelos homens.
As primeiras formas de religião ou mesmo de culto a seres sobrenaturais passaram a fazer uma imediata relação entre a mulher e a Terra, que mais tarde será chamada de Gáia. A mulher é então elevada a condição de Deusa, Deusa-Terra e Deusa-mãe. A senhora dos destinos, doadora da luz, da vida e consequentemente dona da morte, vista como um renascimento, passagem para uma vida em outra dimensão.
Passado vários anos.. já no período do neolítico a participação masculina no processo de concepção é descoberto e consequentemente a deusa-mãe vai perdendo sua força diante da humanidade. O avanço das religiões patriarcais se expande rapidamente. A certeza de que os filhos são biologicamente seus, faz com que os homens passem a controlar a mulher. Um dos últimos focos de resistência da religião feminina se encontrara na sociedade Cretense, sociedade pré-Grécia. Onde o papel feminino tanto na religião quanto no cotidiano era bastante intenso. Muitos tentam explicar essa situação devido a economia cretense ser baseada no comercio marítimo, assim, os homens estavam ocupados nas longas e demoradas viagens, ficando o trabalho em terra para as mulheres.
Outra forma feminista de resistência ao patriarcalismo foi a criação e difusão do mito das amazonas, uma sociedade toda centralizada no papel feminino, mulheres guerreiras que desprezavam a participação masculina na sociedade.
Mesmo assim, o culto ao feminismo não desapareceu. Atualmente é grande o culto, entre os católicos, a Virgem maria e diversas santas e Nossas Senhoras. Para muitos, ainda é um resultado do culto à grande-deusa
Bibliografia:
BARROS, Maria Nazareth Alvim. As deusas, as bruxas e a Igreja. São Paulo, Rosa dos Ventos,1992
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