terça-feira, 24 de agosto de 2010
HISTÓRIA: COTIDIANO FAMILIAR EM ROMA IMPERIAL
Se você acha sua vida meio sem graça ou que sua família não tem nada de interessante, veja como eram esses aspectos no início do império romano:
RECONHECIMENTO DO FILHO
Na Roma antiga, um filho só passava a fazer parte da família após a aceitação do pai. Relatos contam que após o nascimento a criança era deixada no chão. O papel do pai era ir até a criança e pega-la. Esse ato era a aceitação. Caso isso não acontecesse, a criança era levada da casa e deveria desaparecer. Muitas morriam, outras eram adotadas por outras famílias. As vezes às mães encaminhavam as crianças para pessoas conhecidas sem o conhecimento de seus maridos.
CRIAÇÃO DOS FILHOS
Em uma típica família romana a educação dos filhos era compartilhada com outras pessoas. As crianças eram geralmente acompanhadas desde o nascimento por uma segunda “mãe”, responsável pela alimentação e educação da criança. Conforme a criança crescia aparecia o pedagogo em sua vida, um homem que iria ser responsável pela sua educação formal, normalmente ensinava-se retórica e mitologia. Essa segunda família acompanhava o cidadão romano por toda sua vida. Normalmente as crianças passavam o dia com esta família e somente no jantar, que tinha características de ritual, que a criança compartilhava da companhia de seus pais biológicos.
ADOÇÃO
Ao contrário de hoje, a adoção poderia ser feita em qualquer época da vida. Não foi tão incomum pessoas serem adotadas já adultas, sogros adotando genros, tios adotando sobrinhos, etc. Após a adoção, o novo filho teria todos os direitos de um filho biológico, pois em Roma, o caráter que definia um filho não era o biológico, mas a aceitação do pai.
MORTE DO PAI
Em Roma, dependendo de sua idade não era muito bom ter pai. A explicação pra essa informação está na grande importância que a pessoa do pai tinha dentro da jurisdição romana. O pai sempre teve todo o poder de decisão sobre a vida de seus familiares, inclusive até o poder de morte (embora esse poder em específico tenha caído em desuso). O homem, mesmo já adulto, mesmo já casado, ainda não era considerado romano caso seu pai ainda fosse vivo. Ele estava impossibilitado de negociar ou de pegar empréstimos. Essa característica da justiça romana causava exemplo interessante. Um adolescente de 14 anos cujo pai tivesse morrido, já era considerado cidadão. Um homem de 40, cujo pai ainda era vivo, não. Assim, ao longo da historia romana nunca foi raro os casos de parricídios, o mais famoso, foi o assassinado de Júlio César, por seu filho adotivo Brutus.
CASAMENTO
O casamento nunca teve caráter oficial em Roma. Não havia cerimônia, não havia documentação nem reconhecimento do estado ou da religião romana. Era um simples contrato emtre duas pessoas. O casamento era uma espécie de obrigação civil de todo romano. Casar e ter filhos, esse era o principal objetivo de um casamento romano. Muitas vezes o envolvimento afetivo entre as duas pessoas envolvidas não era determinante para sua realização. Assim como o casamento, o divórcio era ainda mais abstrato. Bastava um dos cônjuges sair de casa e estava desfeito o casamento. Por isso poderia acontecer de uma pessoa estar divorciada sem nem mesmo saber.
Normalmente o homem era o chefe da família, porém nos casos em que o dote feminino ou as posses da mulher fosse maior, então ela seria a chefe familiar.
fonte: História da Vida Privada vol.1 - de Roma ao Primeiro milênio
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